O termo qualidade de vida expressa uma série de percepções, do próprio indivíduo ou de terceiros, como familiares, e no caso de autismo, auxilia na identificação de fatores importantes para a qualidade de vida do indivíduo com o transtorno e também para que a qualidade de vida relatada por este esteja em consonância com a qualidade de vida relatada por parentes.
Um estudo internacional com mais de 1.700 pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo na infância observou que comorbidade psiquiátrica, dificuldade para dormir, incapacidade intelectual, comportamento desadaptativo, funcionamento adaptativo, sintomatologia do autismo, atividade diurna principal e residência são fatores que se associam-se à qualidade de vida.
(Leia mais sobre autismo no blog http://www.meunomenai.wordpress na categoria Autismo & Asperger: lá, você encontra textos como Trabalhando com crianças com autismo: saúde e educação)
Os pesquisadores ressaltam que a qualidade de vida reportada (por terceiros) é diferente da qualidade de vida reportada pelo próprio indivíduo e deve ser considerada como uma fonte de informação alternativa. “A qualidade de vida pode ser melhorada quando os fatores associados a ela são melhorados”, observam. “Entretanto, grandes variações na qualidade de vida foram encontradas para a maioria dos fatores, sugerindo a necessidade de envolver os indivíduos com o transtorno e/ou suas famílias ao melhorar sua qualidade de vida”, conclui o estudo.
Texto escrito por Silvana Schultze para o blog http://www.meunomenai.wordpress.com
Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Para conhecer o estudo original (em inglês), acesse https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30312897